Quem será que instituiu o tempo?
Se o tempo corre, como posso eu, alcançá-lo?
E como eu, uma existência tão pequena, posso caber em algo que dizem tão grande?
Se cada coisa tem seu tempo, qual é o tempo das coisas?
E se o tempo é uma ilusão, por que não consigo conscientemente me desligar dele e não me iludir?
E se só existe o tempo presente, por que não me presenteio?
Por que me perco no tempo “agora” que me parece tão curto?
E nessa lógica o que me parece não ter sido “agora”, é de fato real?
Se cabe tudo e nada dentro do tempo, qual o seu tamanho?
E se as distâncias do tempo jamais poderão ser calculadas, o próprio tempo não tem tempo?
Então a consciência do tempo é na verdade sua inconsciência?
Então a inconsciência que me impede de refazer o próprio tempo?
E se isso for inconsciência então não existe o que se refazer?
Me perdi em minhas dúvidas.
5 de jun. de 2007
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2 comentários:
O problema sempre é o ponto de interrogação: quanto menos, mais!
abs.
não acho que se deve fugir da interrogação não, viu! Muito pelo contrário...
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