A covardia é tão revoltante que chega a me fazer mal fisicamente.

Decepçõezinhas assim, pequenas como as coisas medíocres. Mas ainda assim, decepções.

Às vezes só o que me sobra, ainda que capenga, é a fé.

Lamento tanto quando não tenho o que fazer para mudar uma situação. Mas aí me lembro que se as coisas dependessem só de mim, eu lamentaria muito mais as decisões erradas.

Ainda vou entender tudo isso que se passa dentro de mim...

Ahhhhh... Como é leve e simples a felicidade...

Que coisa... Não consigo me lembrar claramente... Eu estava sonhando, ou estava acordada?

Por mais que os anos passem, que a maturidade chegue, existem sensações que são tão vivas como na adolescência. Como a sensação de cair em um buraco, por exemplo.

Tão necessário é o silêncio...

Às vezes, a única vontade que me dá, é não ter que resolver nada.

É nessas horas de esgotamento físico que lembro que tenho limites.

"... Aí me dá uma tristeza no meu peito

Feito um despeito de eu não ter como lutar

E eu que não creio, peço a Deus por minha gente..."

Não adianta! Continuo sendo traída pelo tempo.

Adoro a sensação de dever cumprido. Pena que dura pouco...

As vezes tenho a pretensão de achar que tenho muito a oferecer, quando, na verdade, o que tenho a oferecer é quase nada.

Não quero ao meu lado essas pessoas com casca. Aquela casca que as cobre inteiras, mas, não tem profundidade.

É tão bom virar a página... Dá uma sensação que a consciência, de alguma maneira, se aproxima, ou, quem sabe, é apenas a tranquilidade chegando.

Tão confortante é a fé... Alguém, por gentileza, me ensina a ter mais fé?

Achei que o problema fosse o nosso tempo. Contemporâneo. Descobri, que embora tenha inúmeras hipóteses, não consigo é entender as relações humanas.

Após tantas dilacerações, tantas mortes, eu continuo sobrevivendo...

Por que as vezes sinto a morte do que ainda não nasceu?

Os acontecimentos me deixam marcas. Marcas físicas que me lembram o que poderia ser esquecido. Acho que essas marcas me mostram que em mim, nada pode passar em vão ou ser diminuído. Se isso acontecesse, eu também ficaria pequena.

E novamente a vida se refaz, me mostrando outras possibilidades.

Alguém por favor, me explica! Por que as pessoas são tão diferentes de mim?

Uma grande obra me diminui, me engrandece, me contamina, me diz...

"... tantas coisas a dizer que só o silêncio pode expressar..."

Depois de tantos erros eu pergunto: por que, afinal, somos livres?

Explosão, estouro, caos.

Tudo ao mesmo tempo, agora.

Tudo dentro de mim.

Decepção! É só o que sinto neste momento...

Por que me culpo pela escolha dos outros? O peso das minhas escolhas deveria ser suficiente...

Não se intrigue com meu olhar distante. Meu olhar me transforma. Ele é tão necessário pra mim...

Por que não aparece alguma força, algum tipo de "providência divina", que me impeça de me machucar tanto?

O sentimento de fracasso me destrói.

De tanto que dói, parou de doer...