3 de mai. de 2008

Quem me dera ser tanto quanto me faz ser. Tal como pétala tocando a pele, que quando toca, realmente toca, até a alma, e se faz sentir em todo ser tocado, com a delicadeza que compete à flor...

2 de mai. de 2008

Quero a entrega, sem receio e sem medo.
Quero o olhar, o tato e a boca.
Quero as mãos, o cheiro, o gosto.
Quero o canto, o pranto e o costume.
Quero a superação, a emoção, o limite.
Quero a palavra, o silêncio e a dúvida.
Quero a insatisfação, o prazer, o sorriso.
Quero aprender a ser capaz de querer.
Uma vez ao menos quero que meu abatimento tenha um motivo digno, ou, quem sabe, poético.
Às vezes me pego alimentando um grande vilão que eu mesmo criei, e não consigo me desvencilhar: minha insegurança.
Quero me preencher com uma simples respiração, que eu sinta exatamente onde começa, perceba minimamente qual seu caminho, e, principalmente, encontre o porquê ela acontece.
O corpo estremece, calafrio sobe do estômago até a garganta, onde para e forma um nó. Toma então toda a face, enchendo-a até chegar aos olhos, que ardem e soltam uma única lágrima que trás consigo muito mais do que esse percurso...